Ah, o tão aguardado Super Mundial de Jogos! Aquele torneio que chega como promessa de grandes confrontos, mas acaba parecendo mais a sessão de despedida de férias da turma europeia. Afinal, quem nunca ouviu o famigerado “estamos no fim da temporada”, enquanto os brasileiros chegam inteiros, afiados, com vontade de entrar para a história?
É hilário ver o Real Madrid ou o Manchester… ops, desculpem, hoje é o “Time da Europa”, chegando desacelerados como um carro de luxo faltando na primeira marcha. Os jogos mal começam, já se ouve o discurso de sempre: “Estamos cansados”, “Fim de temporada”, “O físico pesa”. É quase um meme ambulante. Aí cabe vestir a camisa do torcedor nacional e dar aquele sorriso torto: se o futebol brasileiro só aparece vivo no final do ano, por que nossos adversários europeus viram fantasmas no meio de junho?
Enquanto isso, o Palmeiras, poderoso e disposto, corre no gramado como se fosse final de Libertadores com estádio lotado e desenterrando defuntos da tabela. O Flamengo, todo serelepe, coloca o rival europeu em saia justa – e ainda sobra energia para dar aquela carona histórica ao “título mundial oficial”. E os donos da festa europeia? Suspiram, coçam a cabeça, pedem substituição e voltam a sentir o joelho no gramado: “acabou a bateria”.
E o mais saboroso? As desculpas são sempre as mesmas. Se repetem às vésperas do Mundial de Clubes no fim do ano: “acabou a temporada”, “pausa para férias”, “lesões acumuladas”. Mas cá entre nós, se a balança pesa tanto, por que mesmo marcaram presença nesse Mundial agora? Para arquivar o troféu com a data de hoje no currículo? Bingo!
Quer saber? O Super Mundial de Jogos tá sendo divertido. Ver as equipes faz de conta europeias tropeçar já virou entretenimento nacional. Nos envolve, faz a gente acreditar que futebol não é apenas protocolo, patrocínio e marketing: é suor, raça, coerência. E brasileiro adora ver rival europeu gaguejando na desculpinha esfarrapada de fim de temporada, quando é para nós – sob todo sol da pré-Libertadores – que guardam fôlego para o mundo.
Então viva o Super Mundial de Jogos! Que só reforça: no futebol, quem faz história é quem corre até o último segundo, não quem usa “cansado” como justificativa de fim de temporada.