A estreia da série Tremembé, no Prime Video, reacendeu o interesse sobre alguns dos crimes mais emblemáticos do país — e um dos nomes que mais provoca curiosidade é o de Elize Matsunaga. Condenada por matar e esquartejar o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, Elize deixou a prisão em 2022 e hoje tenta reconstruir sua vida longe dos holofotes.
Nova identidade e vida em Franca (SP)
Aos 44 anos, Elize agora atende pelo nome Elize Araújo Giacomini e vive na cidade de Franca, no interior de São Paulo, em regime aberto, sob vigilância da Justiça. Isso significa que ela:
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Deve manter residência fixa
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Não pode deixar a cidade sem autorização
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Precisa estar empregada regularmente
Nos primeiros meses de liberdade, Elize chegou a trabalhar como motorista de aplicativo, mas, após sofrer forte rejeição nas redes sociais, abandonou a função. Desde então, passou a atuar em uma área mais discreta: confecção de roupas e acessórios para pets, tentando se manter longe da exposição.
Tentativa de reconstrução… sem contato com a filha
Apesar da liberdade, a maior dor de Elize é a distância da filha, que atualmente tem 15 anos. A menina era um bebê de apenas 9 meses quando o crime aconteceu e foi entregue aos avós paternos, Mitsuo Matsunaga e Misako Kitano, que assumiram sua criação.
Segundo relatos, a criança foi mantida longe de informações sobre o caso até os 9 anos de idade, quando uma colega de escola a confrontou com a verdade:
“Sua mãe é a Elize Matsunaga, que matou e esquartejou seu pai”, teria dito a colega, conforme relato do jornalista Ulisses Campbell.
Desde então, a adolescente passou por tratamento psicológico e não mantém contato com a mãe. Os avós alegam que a decisão sobre um possível reencontro ficará a critério da menina quando completar 18 anos. Enquanto isso, Elize tenta, via Justiça, manter seus direitos como mãe reconhecida na certidão de nascimento, mas os pedidos de visitação seguem negados.
O crime que chocou o país
Em maio de 2012, uma discussão no apartamento do casal terminou com Elize atirando em Marcos Matsunaga. Após cerca de 10 horas, ela esquartejou o corpo e o colocou em malas, abandonando os restos em uma estrada. A filha do casal estava no imóvel durante todo o ocorrido.
Elize foi presa em junho do mesmo ano e, em dezembro de 2016, condenada a 19 anos, 11 meses e um dia de prisão. A pena foi reduzida para 16 anos e 3 meses em 2019. Após cumprir mais de uma década no presídio de Tremembé, ela obteve liberdade condicional em maio de 2022, com previsão de conclusão da pena em janeiro de 2028.
Última aparição pública: série documental da Netflix
A última vez em que Elize se pronunciou publicamente foi em 2021, na série documental da Netflix Elize Matsunaga: Era uma vez um crime. Na produção, ela deu detalhes do assassinato, falou sobre sua trajetória e afirmou estar arrependida.
Desde então, ela evita entrevistas, não fala com a imprensa e vive de maneira reservada, focada em seguir as exigências da Justiça e manter a discrição.
Elize Matsunaga hoje: longe da fama e dos escândalos
Apesar de ter seu nome frequentemente relembrado pela mídia — e agora retratado também na ficção —, Elize tenta se manter invisível. Seu caso continua sendo um dos mais emblemáticos da história criminal do Brasil, mas a mulher por trás da manchete agora prefere o anonimato.