Se alguém dissesse há dez anos que Lula e Donald Trump sentariam numa mesa na Malásia para negociar tarifas e sanções, você provavelmente acharia que era uma paródia do Casseta & Planeta. Mas 2025 está aí pra provar que o realismo morreu e que a geopolítica mundial virou fanfic com orçamento de blockbuster.
Pois bem: o encontro histórico aconteceu.
Lula, o ex-sindicalista que virou presidente três vezes, e Trump, o ex-apresentador de reality show que tentou virar ditador uma vez (e segue sonhando com a revanche), ficaram 45 minutos trancados num hotel em Kuala Lumpur.
E o mais impressionante: ninguém saiu preso.
🥂 O milagre malaio
Segundo relatos, a reunião foi “franca e construtiva” — termos diplomáticos para “ninguém gritou, e Trump não tentou vender um resort”.
Os dois acertaram de iniciar “imediatamente” negociações sobre o tarifaço americano contra o Brasil.
Lula, sempre hábil com a retórica, disse que “foi uma reunião que parecia impossível”.
O que é verdade. Afinal, juntar Trump e Lula no mesmo ambiente sem que um chame o outro de “comunista” ou “lunático” é quase um ato ecumênico.
Trump, por sua vez, elogiou o brasileiro e prometeu “bons acordos”.
Sim, o mesmo Trump que, em 2021, tentou fechar o Congresso americano com manifestante fantasiado de bisão agora se diz entusiasmado com “negociações técnicas”.
É a prova de que, em política, todo extremista vira pragmático quando o dólar aperta.
💸 A pauta: tarifas, sanções e o ego americano
O pano de fundo da conversa é o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros e as sanções contra autoridades brasileiras após o julgamento de Jair Bolsonaro.
Lula pediu o fim das medidas, explicou que o processo contra o ex-presidente seguiu o devido processo legal e garantiu que o Brasil “é uma democracia estável”.
Trump assentiu, balançou a cabeça, e provavelmente pensou:
“Legal, mas e se eu tentar invadir o STF também?”
🏴☠️ Eduardo Bolsonaro e o golpe imaginário
Enquanto os adultos conversavam na Malásia, Eduardo Bolsonaro — nosso eterno influencer de tanques — aproveitou o noticiário para dizer que “Lula está vendendo o Brasil para o inimigo”.
Sim, o mesmo Eduardo que em 2023 tentou fazer um “dia D” de golpe com PowerPoint, um grupo de WhatsApp e três cabos do Exército.
Um estrategista geopolítico, mas no estilo “Call of Duty em 240p”.
Hoje, ele se limita a postar vídeos de análise internacional direto do sofá, explicando por que Trump é “um patriota injustiçado” — enquanto o pai, Bolsonaro, segue inelegível e proibido de entrar em farmácia sem autorização judicial.
🕊️ Lula, o diplomata zen
De volta à Malásia, Lula ainda se ofereceu para “intermediar a paz” entre EUA e Venezuela.
A diplomacia brasileira voltou ao modo Mediador Universal™, aquele em que o Itamaraty acredita que um café e um discurso sobre “paz mundial” resolvem qualquer conflito — inclusive os que envolvem porta-aviões nucleares.
Mas justiça seja feita: Lula é o único que ainda consegue fazer Trump ouvir alguém sem berrar “fake news!”.
Talvez porque o brasileiro seja o único líder no mundo com carisma suficiente pra transformar um briefing comercial em roda de conversa do boteco.
🇧🇷 Conclusão: o mundo enlouqueceu, mas com estilo
A cena é tão simbólica quanto surreal:
Dois presidentes que, em universos paralelos, representam polos opostos — um sindicalista socialista e um bilionário ególatra — reunidos na Ásia pra falar de tarifas, sanções e… amor à pátria.
No fundo, é o retrato do planeta em 2025:
O capitalismo se abraçando com o populismo, o golpe de Estado virando live, e o Brasil, como sempre, tendo que traduzir tudo com jeitinho, humor e um pouquinho de vergonha alheia.
E se há uma lição nisso tudo, é simples:
Enquanto Lula negocia com Trump, Eduardo Bolsonaro ainda tenta descobrir o número da “CIA do Zap” pra saber por que o golpe dele nunca passou do grupo da família.

