Cleitinho

Cleitinho lidera para governo de Minas e confirma: 2026 será o spin-off mais imprevisível da política mineira

Entre um meme, um vídeo de apelo popular e uma fala contra “os políticos de terno”, Cleitinho vai consolidando o próprio império. Aécio ressuscita para o Senado, Kalil continua tentando ser o Lula de BH, e Pacheco… bom, alguém ainda lembra do Pacheco?


A novela mineira de 2026 começou mais cedo. E como toda boa trama política brasileira, o protagonista da vez atende por um nome carinhoso: Cleitinho, o senador do Republicanos que se promove com vídeos de celular e indignação em HD.

De acordo com as pesquisas Real Time Big Data e Paraná Pesquisas, Cleitinho lidera com folga todos os cenários testados para o governo de Minas Gerais. E o mais impressionante: sem precisar usar gravata, PowerPoint ou prometer metrô em BH.


Os números não mentem (mas gritam)

Na pesquisa da Real Time, o homem já aparece com 31% das intenções de voto — quase o dobro de Alexandre Kalil (18%), que tenta reciclar o prestígio de prefeito do Galo para governador do povo. O senador Rodrigo Pacheco, sempre presente em Brasília e ausente em Minas, amarga 13%, e o vice-governador Mateus Simões confirma seu carisma de pão sem fermento: 6%.

Num outro cenário, Cleitinho explode com 40%. Sim, você leu certo. Quarenta por cento. Nem se ele prometesse transformar o Mineirão num centro de reiki com entrada gratuita para seguidores no Instagram, os números mudariam tanto.


Aécio Neves: o retorno do ex-ninguém

Enquanto isso, no Senado, o zumbi político mais resiliente do Brasil ensaia seu retorno triunfal. Aécio Neves (PSDB) lidera com 27,6% das intenções de voto, mostrando que o brasileiro tem mesmo memória seletiva ou um senso de ironia muito refinado.

Na sequência, aparecem nomes como Carlos Viana, Maurício do Vôlei, Duda Salabert e Marcelo Aro. Um mix de bolsonarismo raiz, ex-jogador, militância e centrismo aguado. É o Senado como ele sempre foi: um buffet variado de intenções, vaidades e promessas não entregues.


Romeu Zema: o pai ausente que ainda tem fãs

Mesmo fora da disputa direta, Romeu Zema continua com um respeitável índice de aprovação: 63,6% dos mineiros ainda dizem “amém” ao seu jeito sereno de não fazer marola. Zema é tipo aquele pai que só aparece de vez em quando, mas que todo mundo acha “bom” porque, pelo menos, não atrapalha.


E quem é o eleitorado de Cleitinho?

Simples: o mesmo que elegeu Tiririca, Bolsonaro e o cara da Havan como símbolo do empreendedorismo. Gente cansada da política tradicional, dos discursos rebuscados e das soluções complexas. Eles querem grito, indignação, vídeo de celular tremido, e frases de impacto que cabem num tweet (com erro de português incluso).

Cleitinho virou um símbolo do antipolítico que virou político. O homem que grita contra o sistema enquanto carimba presença em Brasília, e que chama os outros de “farinha do mesmo saco”, mesmo tendo o crachá no mesmo Congresso.


E a esquerda? PT, Marília, quem?

Marília Campos, prefeita de Contagem e única da esquerda testada nas pesquisas, aparece com 10,6%, quando lembrada. Isso se o eleitor não confundir com alguma influenciadora do TikTok.


2026 promete: stand-up político ou distopia mineira?

Minas já nos deu Tancredo, Aécio e Zema. Agora, se tudo continuar como está, o estado vai entrar de cabeça no modo “influencer no poder”. Prepare o feed, atualize o TikTok e desative as notificações do grupo de família: o reality show eleitoral está só começando.