“Não tenho certeza se as coisas vão melhorar.”
Cuca, 2025. Ou seria Nostradamus, versão calvo de boné?
A frase do técnico do Atlético-MG após mais uma derrota acachapante — dessa vez para o arquirrival Cruzeiro, em plena Arena MRV — caiu como um grito de “socorro” vindo de dentro do próprio vestiário. Só que em vez de sinalizador, o Galo tem soltado rojões… nos próprios pés.
E agora? A diretoria cogita demitir o técnico. Mas atenção: tem que saber se a direção quer e se o Cuca quer ou vice-versa — porque a gente bem sabe que ele não gosta de nada consensual.
A quarta (e talvez última) vinda
Sim, quarta passagem. Porque uma vez Cuca nunca é o bastante para o Galo.
A primeira foi boa, a segunda teve título, a terceira foi um grito melancólico e a quarta… bom, a quarta parece briga de casal que já devia ter terminado no Réveillon de 2017.
E pra ajudar a fritar o treinador no azeite da corneta mineira, Cuca ainda fez cirurgia no ombro na mesma quinta em que a diretoria discute sua possível demissão. Coincidência? Pode ser. Mas se ele sair, vai pelo menos sair com a escápula nova.
O desempenho? Uma montanha-russa quebrada
Desde a pausa para a Copa do Mundo de Clubes, o Atlético parece ter sido acometido por um vírus chamado “inércia”. Foram 13 jogos:
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5 vitórias
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1 empate
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6 derrotas
(algumas dignas de se assistir de olhos fechados)
A última, um 2 a 0 dolorido contra o Cruzeiro, ainda teve gosto de humilhação com cobertura de silêncio constrangedor na Arena MRV. Nos bastidores, a trinca Bracks, Victor Bagy e Sérgio Coelho visitou o vestiário com a mesma energia de quem entra no RH sem ser chamado.
Cuca ou culpa?
O torcedor não perdoa. A torcida organizada já fez reunião extra no grupo de WhatsApp e o canal Voz da Torcida da Carol Leandro, no GE, botou o dedo na ferida (e torceu o braço operado do treinador): a culpa é do Cuca.
E quando até a Carol diz isso com voz doce, você sabe que a casa caiu.
E o Brasileirão?
O Galo, que já sonhou com Libertadores, agora está mais próximo de encontrar a Série B no Google Maps.
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12ª colocação
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24 pontos
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5 do Z-4
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8 do G-6
Nem lá, nem cá. Nem quente, nem frio. Tá morninho igual café esquecido no micro-ondas. E com Cuca sem prazo, a diretoria sem coragem e a torcida sem paciência, só falta o Mineirão abrir para aluguel no Airbnb.
E se ele sair?
Se o Galo demitir Cuca, será que vai procurar outro treinador ou marcar consulta coletiva na terapia?
Porque o problema já parece mais espiritual que tático. Talvez precise de um exorcismo tático com DVD do Cuca 2013 e camisa do Tardelli.
Resumo da ópera mineira:
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Cuca tá na corda bamba.
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O Atlético parece mais perdido que Wi-Fi em estádio.
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A torcida já pediu Uber com destino: técnico novo.
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E o treinador? Ainda tá decidindo se quer sair… ou se prefere continuar não gostando de consenso.
Próximo episódio: Cuca demitido ou Atlético arrependido?
Só o tempo dirá. Mas se o Galo seguir nesse ritmo, o nome do próximo técnico pode muito bem ser “qualquer um que aceite o cargo sem exigir interatividade.”

