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Japinha do CV morta: “Musa do crime” morre em megaoperação que deixou mais de 120 mortos no Rio

A traficante Penélope, conhecida pelos apelidos “Japinha do CV” e “musa do crime”, está entre os mortos na megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.

De acordo com informações da Polícia Civil, Penélope era considerada uma figura de confiança dentro da hierarquia do Comando Vermelho (CV) e atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de tráfico de drogas.

A criminosa foi atingida por um tiro de fuzil no rosto durante um confronto com agentes de segurança. Segundo a polícia, ela reagiu à abordagem, abrindo fogo contra os policiais antes de ser neutralizada.


🔫 Confronto e contexto da operação

No momento em que foi morta, Penélope usava roupa camuflada, colete tático e compartimentos para carregadores de fuzil.
Seu corpo foi encontrado próximo a um dos acessos principais da comunidade, após horas de intenso tiroteio.

A ação, que envolveu 2,5 mil agentes das polícias Civil, Militar e unidades especiais, foi considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, segundo dados do próprio governo estadual.

Até o momento, o balanço oficial aponta mais de 120 mortos, incluindo quatro policiais.
Moradores da Penha relataram à imprensa que dezenas de corpos foram retirados de áreas de mata e levados para uma praça na manhã desta quarta-feira (29).


📸 A “musa do crime” das redes sociais

Penélope ganhou notoriedade nas redes sociais, onde exibia armas, poses provocantes e roupas táticas, o que lhe rendeu o apelido de “musa do crime”.
As imagens, frequentemente publicadas em perfis ligados ao tráfico, mostravam a jovem com fuzis e granadas, em cenários típicos da guerra urbana que marca o cotidiano das favelas cariocas.

De acordo com investigações, a “Japinha do CV” era uma das principais responsáveis pela segurança de lideranças locais do Comando Vermelho e já havia sido alvo de mandados de prisão anteriores, mas conseguia escapar dos cercos policiais.


🚨 A megaoperação e as reações

A operação — planejada para desarticular a base logística e armamentista do CV — foi acompanhada por críticas de organizações de direitos humanos, que cobram transparência e investigação independente sobre o número de mortos.

O governo do Rio de Janeiro afirmou, em nota, que o objetivo da ação foi “recuperar o controle territorial e conter a expansão do crime organizado na região metropolitana”.

O secretário de Segurança Pública classificou o confronto como “inevitável diante da resistência armada” e prometeu “responder com firmeza a qualquer ameaça contra o Estado”.


⚖️ Um retrato da escalada da violência

A morte da “Japinha do CV” é um dos símbolos mais marcantes da operação que já entra para a história do Rio pelo número de mortos e pelo impacto social.
Enquanto o governo celebra a “eficiência” da ofensiva, moradores das comunidades relatam medo, luto e desespero diante do saldo da ação.

No fim, Penélope — que se tornou uma figura midiática ao transformar a criminalidade em estética — acabou encontrando o mesmo destino de muitos que escolhem o caminho do tráfico: a morte em confronto, em um Rio onde o som do fuzil fala mais alto que o da sirene